sábado, 11 de outubro de 2008

Banda sueca Millencolin traz seu 'punk skatista' de volta ao Brasil

Green Day e o Offspring tornaram o estilo mais acessível, diz guitarrista.
Grupo se apresenta neste sábado (11) no Espaço das Américas, em SP.

Com guitarras rápidas e gosto pelas manobras radicais, a banda sueca Millencolin desembarca pela terceira vez no Brasil para uma turnê que passa por Fortaleza, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. O grupo formado há 15 anos se firmou no cenário do pop punk graças a álbuns como "Life on a plate" (1995), "For monkeys" (1997) e "Home from home" (2002). Desta vez, o quarteto traz na bagagem o recém-lançado "Machine 15".

"A última turnê pela América do Sul [em 2006] foi incrível, tocamos para milhares de pessoas e os shows foram ótimos", lembra o bem-humorado guitarrista Erik Ohlsson, que forma o Millencolin ao lado de Mathias Farm (guitarra), Nikola Sarcevic (baixo e vocal) e Fredrik Larzon (bateria). "A única coisa ruim é que nosso equipamento extraviou na viagem, e tivemos de tocar com instrumentos emprestados. Usar as mesmas roupas o tempo todo não foi tão ruim. Só tenho coisas boas pra lembrar."


Skates em primeiro lugar

Antes mesmo de começar a tocar, os integrantes se juntaram, no início dos anos 90, em torno de uma paixão em comum: o skate. Nem mesmo nas turnês pelo mundo os músicos deixavam de andar sobre as quatro rodinhas. "Mas da última vez o baterista se machucou e percebemos que era mais importante focar nos shows e deixar o skate pra quando estivéssemos em casa", conta Erik, que tem uma rampa em seu quintal.

"Tive de colocar uma cobertura de plástico sobre ela porque estamos indo viajar e está chovendo pra caramba, não quero que estrague", revela, preocupado, o fã de Weezer, Rancid e Manu Chao. O guitarrista ainda encontra tempo para comandar toda a parte visual da banda e ainda manter a sua própria empresa de design.

"Cuido de tudo o que diz respeito à arte do Millencolin. É algo que fiz a minha vida inteira. Quando estávamos em estúdio gravando, tinha as filmagens dos clipes, as entrevistas, e eu ainda estava fazendo a capa do último álbum. Eu simplesmente não dormia. É realmente muito trabalho."

O grupo compensa a agenda lotada de compromissos fazendo o que tem vontade. "Na verdade, nunca dissemos que fazíamos punk rock em primeiro lugar. Éramos skatistas que amavam música. Éramos uma banda independente fazendo tudo por conta própria. Até hoje ninguém nos diz o que fazer, temos o controle de nossas carreiras e fazemos o que queremos. Essa é a coisa mais importante pra gente", diz Erik, em um balanço dessa década e meia na estrada.

"Entramos em contato com esse tipo de música e começamos a banda por gostarmos de ficar juntos e de tocar rock. Aquele som não era tocado no rádio. Depois de algum tempo, bandas como o Green Day e o Offspring começaram a espalhar o estilo pelo mundo todo e tornaram isso possível. Quando ouço nossos primeiros álbuns, eu realmente gosto deles pelo que eles foram. Mas eu tinha 17 anos naquela época e não tocava guitarra tão bem. Era o melhor que poderíamos estar fazendo. Hoje temos viajado bastante e não me arrependo de nada."


Millencolin em São Paulo
Quando: sábado (11), a partir das 18h (Fake Number), 19h (35mls), 20h (Millencolin)
Onde: Espaço das Américas, Rua Tagipuru, 795, Barra Funda, tel. (11) 3628-0635
Quanto: R$ 80 e R$ 120
Informações: www.espacodasamericas.com.br

Millencolin em Curitiba
Quando: domingo (12)
Onde: Master Hall

Millencolin em Porto Alegre
Quando: terça (14)
Onde: Centro de Evento Casa do Gaúcho

Texto: G1

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